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Dicas aos viajantes Arizona


Hoje faz uma semana do final da minha viagem pelo Arizona e, com a memória fresca, organizei informações e dicas aos viajantes que pretendem visitar o Estado. Algumas servem para todo o país, outras são bem específicas como se preparar para o clima no deserto.

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Dicas aos viajantes Arizona

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Quando ir?

Fui em maio e dizem ser a melhor época pelo clima agradável e maior probabilidade de dias ensolarados. Março é o mês das chuvas e faz com que a primavera (de março a junho) seja mais verde e florida, no entanto, a quantidade de dias nublados é relativa porque o volume de água mensal varia de 3 a 7 centímetros neste período. Nada se comparado à variação de 15 metros nos meses chuvosos do Amazonas. Tem as inundações e algumas áreas são fechadas por segurança, mas a água não fica, vai embora rapidamente pelos rios.

Perguntei para diferentes locais quando seria a melhor época e a resposta nunca é exata. Uns preferem o inverno para tirar fotografias por causa da neve e dos raios, além da melhor visibilidade; outros gostam dos tons e a temperatura agradável do outono, que se diferencia da primavera pelas flores e acaba sendo a melhor época para os alérgicos ao pólen. O verão não agrada pelas altas temperaturas e aglomeração de turistas, mas é o período para evitar águas congelantes nas cachoeiras e rios.

São praticamente dois climas na montanha e no deserto, sendo o primeiro mais frio e ligeiramente mais úmido. Em ambos a temperatura muda drasticamente entre o dia e a noite.

Eventos

Os Estados Unidos tem em sua cultura o hábito de criar dias comemorativos pra tudo e organizar festivais interessantes e bizarros, principalmente nas comunidades pequenas. Acho incrível a capacidade deles de se organizarem para transformar uma cidade fim de mundo em atrativo turístico. Os exemplos não são poucos, basta descobrir a agenda de eventos das regiões por onde pretende passar e aproveitar a oportunidade de imersão cultural. No meu roteiro não deu tempo de experimentar esses achados, mas encontrei vários nas revistas das cidades. Por exemplo, passamos por uma corrida de carros antigos em uma das estradas mais bonitas do país, a 89 A perto de Jerome.

Cenários de faroeste, Arizona
Cenários de faroeste

Fuso horário e idioma

O Arizona está quatro horas mais tarde em relação ao horário de Brasília.

Por ter fronteira com o México, muitos falam espanhol, mas o ideal é saber inglês (básico, no mínimo) para se comunicar

Visto Americano e a entrada no país

O visto é obrigatório para os brasileiros e nunca foi tão fácil fazer como tem sido nos últimos anos. Na primeira vez, nos anos 90, consegui por apenas três meses e agora o visto de turista vale por dez anos. Tirei o visto americano este ano em Montevideo e conto no link o procedimento pra solicitar em qualquer país e como valeu a pena fazer no Uruguai.

Ter o visto não garante a entrada no país, mas os casos negados não são frequentes. Melhor ter em mãos todos os documentos que possam ser solicitados na hora de apresentar o passaporte (passagem de volta, reservas de hotel, se houver carta-convite, extrato atualizado com saldos e limites dos cartões) e comprovem que é turista.

Eu estava sozinha e o funcionário no aeroporto fez as seguintes perguntas:

Qual o motivo da viagem?

Quanto tempo?

Qual o hotel?

Quanto dinheiro trouxe?

Respondi sem precisar mostrar nada, ele carimbou o passaporte e deu as boas vindas. Mas eu tinha todos os documentos digitalizados no ipad, se fosse necessário.

Estrada em Sedona
Estrada em Sedona

Assistência em viagens

O seguro viagem não é obrigatório, mas é sempre mais tranquilo, principalmente para as atividades ao ar livre comuns no Arizona. Faço com Next Seguro Viagem e nunca precisei usar. Já escrevi um artigo explicando como comprar online e tem um cupom de desconto para os leitores do Territórios.

Dinheiro e economia

Divida entre dinheiro em espécie trocado, cartão pré pago e cartão de crédito para imprevistos. Os hotéis sempre pedem o cartão de crédito no check-in e pode acontecer de debitarem algum valor, fazem para confirmar e estornam até dez dias depois. Aconteceu comigo duas vezes e só não devolveram o que eu realmente consumi como gastos no restaurante do hotel.

Mesmo com o dólar alto, achei os preços acessíveis se comparado aos praticados no Brasil. Bons restaurantes são até mais baratos que em São Paulo e a entrada nos parques é por carro e vale por dias. O caro são os tours contratados e conforme a exigência em hospedagem, mas como em todos os lugares, sempre há alternativas. Alugar um carro e fazer os passeios por conta própria parece ser o jeito mais econômico. Apenas fique atento aos avisos de cada parque, alguns lugares são inóspitos e exigem responsabilidade para não colocar sua vida em risco. Tudo fica mais valorizado e com alta concentração de turistas em Sedona e no Grand Canyon.

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Transporte aéreo e terrestre

Atualmente diversas companhias aéreas voam das capitais brasileiras para os Estados Unidos, mas nenhuma direto para Phoenix, capital do Arizona. Voei pela American Airlines com escalas em Miami e Los Angeles e foram os meus piores voos longos (já voei com mais conforto em outras companhias). A rota Los Angeles – São Paulo (11h de voo) foi um pouco melhor, mas o banco não deitava, a comida foi bem ruim, os funcionário não abriram um sorriso e o sistema de entretenimento estava precário. A ida Porto Alegre – Miami (8h de voo) foi igual e sem telas individuais, era uma tela e uma opção de filme para todos e até o fone de ouvido estava a venda por 5 dólares! As classes executiva e primeira parecem melhores. Se alguém fez essas rotas com mais conforto, por favor, deixe a dica de empresa nos comentários.

Williams, cidade na Rota 66 Arizona
Williams, cidade na Rota 66

Quando cheguei ao aeroporto de Phoenix – Sky Harbor, o atendimento melhorou bastante. Tem wifi liberado e o detalhe interessante é um balcão de informações sempre próximo à retirada de bagagens, ali pedi para ligarem para o meu hotel e chamei o transporte (shuttle). Ligar ou indicar o transporte é um serviço gratuito do aeroporto. No meu caso, era cortesia do hotel para os hospedes. Verifique viabilidade com a sua hospedagem.

Na cidade de Phoenix utilizei o transporte do hotel Double Tree Tempe e achei ótimo, até 8 km me deixavam e buscavam nos lugares. Bastava ligar. Como eu não tinha celular, o motorista me deu o cartão e disse para pedir em lojas, restaurantes, polícia… e assim foi, eu entrava mostrava o cartão e prontamente alguém chamava sem nem perguntar se eu havia consumido algo. Não deu tempo de testar o transporte público desta vez e vou ficar devendo informações.

Para viajar entre as cidades com maior liberdade a melhor ideia pareceu alugar um carro, trailer ou moto Harley Davidson, para se sentir literalmente em um filme americano. Algumas das estrada épicas passam pelo Arizona como a Rota 66.

Estava em um grupo com roteiro previamente definido e o transporte foi todo com a Arizona Outback Adventure (acesse o site), empresa com diversas atividades de aventura ou serviços personalizados. O motorista Tood virou amigo e sabia muito sobre trilhas de bicicleta e estradas.

Hotéis no Arizona

Fiquei uma noite em cada hotel e todos seguem o mesmo padrão. Existe o valor base pelo quarto e os serviços, como o café da manhã, são cobrados à parte. Em todos os quartos havia cafeteira com ingredientes para o café ou chá como cortesia e alguns ofereciam algo a mais como o transporte pela cidade (Double Tree e Pointe Hilton) ou coquetel nos finais de tarde (Amara Resort e Springhill Suites).

Happy Hour em Sedona, Arizona
Happy Hour em Sedona

São diversas opções e estilos por todo o Estado, mas quando o destino é o Grand Canyon complica. São poucos porque, atualmente, a terra pertence aos indígenas e a burocracia é grande para novas construções. As antigas permanecem no estilo clássico (El Tovar), refúgio (Bright Angel Lodge) ou faroeste (Cameron Trading Post) e, nas cidades próximas, os mais modernos (Grand Canyon Squire Inn) estão sempre lotados. Para o inverno, dá para reservar um mês antes, no verão o indicado são seis meses de antecedência ou mais.

Tem wifi grátis em todos os hotéis, mas verifique se tem algum pré requisito para usar. Por exemplo, no Amara era cobrado uma tarifa no cartão de crédito, a não ser para quem se cadastrasse antes no programa de fidelidade da rede de hotéis Kimpton.

Hotel no Grand Canyon lotado em maio
Hotel no Grand Canyon lotado em maio

O que levar para o Arizona

Minha maior dúvida antes da viagem era a quantidade de roupas levar para inverno e para verão. Isto porque as temperaturas médias das cidades que iria visitar variam entre 0 e 33 graus na primavera! Acampar não estava nos planos e tudo tem calefação, mas pretendia ver o sol nascer e fazer caminhadas noturnas. Resultado, errei pensando mais no frio do que no calor. O casaco impermeável e forrado foi perfeito, mas deveria ter levado mais blusas cavadas e apenas uma manga comprida além de um casaco leve, mas isto varia conforme a temporada. De resto levei tudo na medida certa ou foi fácil encontrar por lá.

Casaco para inícios e finais de dia no Arizona
Casaco para inícios e finais de dia – em Sedona

Itens essenciais para qualquer temporada no Arizona:

  • Bota de trilha para diferentes terrenos
  • Adaptador – os hotéis não tem para as nossas tomadas
  • Hidratante – o clima ultra seco é um problema para quem não está acostumado
  • Protetor solar para corpo e labial – mesmo passando cremes meus lábios racharam tanto que eu parecia doente
  • Garrafa d’água – beba muita água o tempo todo para evitar desidratação
  • Mochila pequena para os passeios
  • Óculos
  • Câmera fotográfica
  • Lanterna

Para vestir, o que mais se vê são pessoas prontas para fazer trilhas, usam fleece, mochila nas costas, moletom, calça bermuda e roupas práticas para as mudanças bruscas de temperatura.

Em Phoenix fica mais urbano e pode usar algo mais arrumado se for em restaurantes sofisticados, mas não existe um código para vestimenta.

Tapetes tradicionais dos Navajos - Arizona
Tapetes tradicionais dos Navajos

Compras

Todas as atrações tem a lojinha de souvenires. No Cameron Trading Post, hotel em Cameron, tem de tudo um pouco em amplo espaço. Para ver arte indígena em melhor ambiente procure a galeria no prédio ao lado. A dica vale para todos os lugares, se tem galeria, entre, a maioria são peças caras de colecionador, mas vale a pena para ver as joias, os tapetes, cocares e até arte moderna inspirada nos Navajos e outras tribos.

Em Phoenix precisei de adaptador e aproveitei para comprar onde tivesse eletrônicos, me indicaram o supermercado Fry’s e adorei. É tipo uma loja de departamentos grandona com setor especial para câmeras. Não tem tax free, mas tudo é muito mais barato que no Brasil, comprei acessórios para Go Pro e Canon.

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Comida

Diferente da minha primeira ida aos Estados Unidos, desta vez comi muito bem. Talvez meu paladar tenha evoluído ou, mais provável, seja a influência da culinária mexicana fruto da proximidade com a fronteira. Feijão, abacate, pimenta (sempre citado no cardápio), hambúrguer, frutos do mar e frango frito são comuns e muito bem servidos. Chega a ser um exagero e sempre sobra no prato, uma dica para quem come pouco é dividir e aproveitar a sobremesa se não foi suficiente.

Prove o suco de cactos na versão limonada e margarita, não são alcoólicos, mas o último é a essência do coquetel de mesmo nome servido com tequila e sal. O chá Arizona também vale a pena, mas peça sem gelo, americanos sempre servem em copos com muito gelo que deixam a bebida aguada. E a água da torneira é boa e grátis nos restaurantes.

A melhor refeição da viagem foi no Prescott Station, em Prescott, cidade com excelentes opções gastronômicas. O prato foi um carré de cordeiro marinado acompanhado por cuscuz, tomates secos, queijo feta, espinafre e pistache. Humm! A mais interessante foi em Flagstaff onde existe uma forte valorização da produção local e regional. Tem até um loja – restaurante, a Proper Meats + Provision (110 S San Franscisco), mostrando a origem de cada produto e o cuidado com a sustentabilidade. O almoço foi em ambiente super agradável provando embutidos e sanduíches deliciosos no Historic Brewing Company (4366 E. Huntington Drive).

Valorização da comida local em Flagstaff, Arizona
Valorização da comida local em Flagstaff

Quanto tempo ficar e o que fazer no Arizona

Quinze dias seriam mais interessantes porque uma semana só atiçou a minha vontade de voltar. O Estado do Arizona tem muitas atrações para quem gosta de praticar esportes ao ar livre, é ligado em montanhas, estradas épicas e aquele clima de faroeste. Por falar em cinema, é uma viagem para lembrar de filmes o tempo todo e registrar fotos especiais.

Amanhecer no Grand Canyon, Arizona
Amanhecer no Grand Canyon

Veja o vídeo resumo e índice de posts desta viagem

Esta viagem foi uma press trip a convite do Escritório de turismo do Arizona.

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Roberta Martins

Comunicadora, idealizadora deste site, fotógrafa e guia de turismo. Há 16 anos relata suas experiências de viagem focando em cultura e aventura. Saiba mais na página da autora. Encontre no Instagram

7 Comments

  1. Gilberto Garcia Redondo Reply

    parabéns!
    Deve ser inestimável e inesquecível!
    Conte mais, e… Congrats! Vou ver se te encontro no Instagram

    • Roberta Martins Reply

      Obrigada Gilberto! A viagem já acabou, mas tenho muitas fotos e devo escrever mais de 10 artigos contando tudo. Acompanhe por aqui e nas redes sociais. @blogterritorios no Instagram

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