Quase missão cumprida, ainda restam 14 km pela savana até Paratepuy, onde o jeep nos espera.

Dia 6 Conquistados pela aventura
Despertei antes do sol nascer e aproveitei para registar as primeiras horas no acampamento Tek. Kukenán foi se iluminando aos poucos e dominando a cena, não havia nenhuma nuvem no céu.
Enquanto Francisco preparava o nosso último café da manhã eu brincava com um filhote que morava por ali e observava os outros viajantes.



Dor ali, dor aqui, passei o máximo de peso para o carregador, abasteci minha garrafa d’água e peguei a estrada. Sem as montanhas como objetivo, foi fácil prestar atenção aos detalhes do caminho, mais flores e insetos que passaram desapercebidos no primeiro dia.
Contudo, a vontade de andar de costas para contemplar as montanhas era grande. A sensação de ter superado os limites e trazer a bagagem cheia de vivências faz essa paisagem ser mais que especial.

Em muitas fotos os tepuis aparecem rodeados por nuvens, acontece pela espessa selva ao redor. O calor tropical faz com que a umidade da floresta suba, condense e forme nuvens pesadas. Como resultado estão quase sempre cobertos, principalmente o Roraima. Foi um presente ver o céu completamente limpo na volta.

Ao lado direito dava para ver os 5 tepuis da Guiana, no primeiro dia só se via um deles. Nesse momento veio muita vontade de explorar todos eles até chegar no Salto Angel, a cachoeira mais alta do mundo.

Chegamos todos inteiros e com sorrisos no rosto. Ainda celebramos o feito almoçando um prato típico em uma comunidade próxima. Ali teria artesanato local, mas estava fechado por ser feriado. Assim como as lojas em Santa Elena de Uiarén, famosas por oferecerem bons preços nos importados.


Nossa jornada terminou às 18h em Boa Vista, Roraima.
Acompanhe todos os dias da aventura:
Dia 1 – Dia 2 – Dia 3 – Dia 4 – Dia 5 – Dia 6. Leia sobre o preparo físico e o que precisa levar na mochila.
Agradecimento especial ao Magno e Francisco, da Roraima Adventures, aos porteadores e aos novos amigos trilheiros Lívia, Eden, Márcia, Luiz e Cristina. Quando será a próxima?


Tome Nota
Quando ir: de outubro a abril seria a melhor época para evitar as chuvas. Por outro lado, de maio a setembro as cachoeiras ficam mais bonitas e aumenta a aura de mistério por causa da névoa. Agora é difícil escapar da chuva fina no topo por ele estar quase sempre coberto por nuvens. Eu tive muita sorte de pegar poucas horas de chuva em dezembro.
Quem leva: RORAIMA ADVENTURES é a pioneira no turismo na região e tem guias brasileiros. Essa aventura também pode ser feita em 8 dias explorando o topo com mais tempo.
Leia também sobre os jardins mais bonitos que já vi.
Fotos em que apareço são de Luiz Zoldan e o porteador.
© Todos os direitos reservados. Fotos e relato 100% originais.
Obrigada Gleiber e Thaís! Esse lugar é muito especial e vale todo o esforço.
Que delícia de viagem (apesar da dureza da atividade, ehehehe), foi legal acompanhar sua jornada e ver as imagens dessa aventura. Seu relato faz a gente se sentir um pouco lá também. Beijão, Roberta! E parabéns pelo post!
Fotos lindas Roberta. Vou colocar na lista.