O destino mais inóspito do Uruguai tem algumas peculiaridades já relatadas por aqui. Sou frequentadora desde os anos 90 e contei sobre a música inspirada no farol, como é passar a noite, o que fazer e como chegar a Cabo Polonio. Desta vez, fiz de um jeito diferente. Mostro em texto, vídeo e fotos a experiência de chegar a pé desde Valizas. Quem se anima?
A porta de entrada para a maioria das pessoas que vai viajar de carro pelo litoral do Uruguai é o inferno das compras nos feriados e alta temporada. Chuy é bem pequena e feia de ver, já o trânsito pode ser caótico porque os dois quilômetros da Avenida Internacional, também chamada Uruguai ou Brasil conforme a sua posição, ficam lotadas de carros sem saber se obedecem as regras brasileiras ou uruguaias. Apenas um canteiro separa a Chuí brasileira da Chuy uruguaia em uma rua cheia de comércio livre de impostos.
Os 12 segundos de escuridão que o farol de Cabo Polonio leva pra girar sua luz e voltar a iluminar o povoado, dão nome a uma linda canção. A praia sempre foi um refúgio para o músico uruguaio Jorge Drexler e virou inspiração na hora de compor 12 segundos de oscuridad. Esta semana passei a noite por lá e registrei o momento enquanto tomava um chimarrão esperando nascer do sol.
Fazia uns 5 anos que eu não passava por Punta del Diablo, me surpreendi com as mudanças e o crescimento. Movimento na alta temporada sempre teve, agora, construções por todos os lados, placas vende-se em terrenos onde antes nem existiam ruas, vários hostels e outros idiomas, além do espanhol, são todas as novidades desse balneário de pescadores no leste Uruguaio. Na verdade ex-pescadores, pois descobri que muitos largaram a pesca para investir na construção e turismo. Andam dizendo que é a nova Punta del Este.