ECOTURISMO

As trilhas no Jalapão


As trilhas no Jalapão são curtas e fáceis, o grande desafio é aguentar o calor além de manter-se hidratado. Tarefa compensada quando alcançamos um banho revigorante, belas paisagens ou o descanso merecido.

O texto continua após os serviços recomendados no destino.

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Praticamente em todos os passeios existe uma pequena trilha pelo cerrado para chegar às dunas, fervedouros e cachoeiras. Mas neste artigo considero efetivamente duas, a primeira realizada dentro da fazenda da Korubo, onde estávamos acampados, e a Trilha do Espírito Santo, no Parque Estadual do Jalapão.

Uma das trilhas no Jalapão
Trilha para as dunas com a Serra do Espírito Santo ao fundo
quero dicas do Brasil

As trilhas no Jalapão

A mais exigente é na Serra do Espírito Santo, serra com 32 km de extensão e rochas arenosas de até 300 metros de altura que existem há 150 milhões de anos. O local era um oceano comprovado pela geologia dos platôs do período cretáceo. Ali fizemos uma trilha de 8 km para ver o pôr do sol e ter noção da grandiosidade do Jalapão.

No topo da Serra do Espírito Santo, a trilha mais difícil do Jalapão
No topo da Serra do Espírito Santo
trilhas no Jalapão são em meio ao cerrado
Trilha na fazenda da Korubo

Trilha no camping

Com o imprevisto que explico na próxima trilha, fomos explorar os caminhos próximos ao acampamento na primeira hora da manhã. Era o passeio opcional para o final da tarde e foi ótimo fazer bem cedo. Foi interessante ver a vegetação do cerrado, pássaros e encontrar praias desertas sem fios de alta tensão estragando as fotos. O percurso é bem fácil de apenas 2 km em terreno plano. Se tiver sorte, poderá avistar até raposa ou araras.

Prainha deserta
Prainha deserta
O início da trilha na Serra do Espírito Santo, no Jalapão
O início da trilha

Trilha do Espírito Santo

O objetivo é chegar ao mirante para ver as famosas dunas, formadas pela decomposição da própria Serra do Espírito Santo, do alto e pegar o sol nascendo. Esta era a programação inicial e madrugamos para chegar a tempo, mas um imprevisto no caminhão mudou o passeio para o pôr do sol e eu até gostei mais porque pela manhã sou sonolenta e desatenta.

Começamos a subida às 4 horas da tarde com muito calor, contudo, o sol ajudou se escondendo atrás das nuvens a maior parte do tempo e nos arrasou quando não tinha como fugir dele. Foi apenas 1 km de subida íngreme para alcançar 300 metros de altura que demoraram mais que o planejado por causa da alta temperatura e frequentes paradas para tirar fotos e beber água. Tem caminho demarcado e cordas como corrimão nos trechos mais perigosos.

Vereda vista do alto
Vereda vista do alto

Do alto se vê a imensidão do cerrado com caminhos verdes repletos de palmeiras onde é fácil encontrar água cavando – as veredas. As nuvens e a fumaça das queimadas (são boas para as sementes com casca grossa germinarem no cerrado) atrapalharam um pouco a visibilidade, mas não tiraram o encanto do passeio. Na chegada tem uma pedra estratégica para quem não tem medo de altura fazer pose. Eu fui e pedrinhas caíram até eu sentar ali, portanto esse sorriso na foto é falso, mas corajoso.

Tentando me concentrar na vista
Tentando me concentrar na vista

Como o sol já estava se pondo, tínhamos duas escolhas: sair correndo os 3 km restantes pelo topo da serra até o mirante ou ir para outra direção, mais próxima, para ver o sol se pôr de lado. Quem chegou primeiro arriscou a corrida e conseguiu, os últimos preferiram garantir o espetáculo. Para o novo trecho não havia trilha demarcada e os sons no mato indicavam a presença de cobras, mas o que não fazemos pelo pôr do sol! O jeito foi apressar o passo e fazer barulho para afastar os animais.

Pôr do Sol visto do topo da Serra do Espírito Santo
Pôr do Sol visto do topo da Serra do Espírito Santo

Trilha noturna – Trilha do Espírito Santo

Esperando o pôr do sol curtindo a vista
Esperando o pôr do sol curtindo a vista

Anoiteceu e chegou a hora de voltar para a estrada. Descer pela trilha a noite é uma experiência ímpar, as luzes são nossas lanternas formando um caminho de pontos brancos no meio da escuridão e aquele céu incrivelmente estrelado. A descida é mais agradável que a subida, mas é preciso redobrar o cuidado e atenção onde pisa, principalmente por causa das pedras soltas.

No final fizemos um piquenique esperando o grupo que foi até o mirante chegar. Deitados na areia, admiramos o céu mega estrelado curtindo o vento fresco noturno. Veja mais fotos da trilha:

Assista ao vídeo mostrando como foi o dia com as duas trilhas e o pôr do sol no mirante:

Tome Nota trilhas no Jalapão

Recomendo a trilha do camping bem cedo ou final da tarde por causa do calor. E leve repelente, tem muito mosquito mesmo no sol.

A Trilha do Espírito Santo tem acesso permitido apenas com condutor ambiental credenciado pelo parque. Três nos acompanharam no inicio, meio e final do grupo. Na noite anterior o guia da Korubo nos alertou sobre todas as dificuldades e reforçou o fator calor como o maior desafio, mesmo com a curta distância. Recomendou apenas para quem tem bom preparo físico e sugeriu aos que tivessem dúvida ficarem no camping aproveitando o Rio Novo e trilhas locais.

O contratempo com o caminhão é previsto e a equipe da Korubo está preparada para consertá-lo. A culpa é das terríveis estradas de terra que vão destruindo os veículos dos aventureiros.

Use roupas leves, botas de trilha, chapéu e toalha gelada. A Cool Towels ajudou muito na subida, leia o post onde explico sobre ela. E 1 litro d’água é imprescindível.

Leia a revista Jalapão com os artigos de todos os blogueiros que participaram desta viagem

Leia mais sobre o Jalapão nos posts: Canoagem no Rio Novo | Hospedagem nem parece acampamento | Os Fervedouros do Jalapão | Onde tirar as melhores fotos no Jalapão

Fotos da Semana: Caju | Pôr do Sol em Palmas | Abraço

Paradas pra beber água são frequentes na subida
Paradas pra beber água são frequentes na subida

Essa viagem foi patrocinada

Fotos de Guilherme TetamantiMaurício Oliveira e Roberta Martins.

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Roberta Martins

Comunicadora, idealizadora deste site, fotógrafa e guia de turismo. Há 16 anos relata suas experiências de viagem focando em cultura e aventura. Saiba mais na página da autora. Encontre no Instagram

2 Comments

  1. Luciano Ferreira Ladeia Reply

    Muito legal a reportagem, fiz o JALAPAO em julho deste ano, e fiquei fascinado com as trilhas e a beleza natural, e tive a sorte de fazer parte da expedição Cerrado Dourado, que é excelência no turismo aventura.

    • Roberta Martins Reply

      Lindo demais Luciano! Eu quero voltar para conhecer todos os novos atrativos. Obrigada pela dica da expedição

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